A Polêmica Retirada dos EUA da OMS e o Impacto de Outras Decisões do Novo Mandato de Trump
- Vozes Sertao
- 21 de jan.
- 3 min de leitura
No primeiro ato de seu novo mandato como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou uma série de medidas polêmicas que incluem a retirada do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris. As decisões, que já vinham sendo sinalizadas durante sua campanha, têm gerado ampla discussão sobre suas consequências para a saúde global, o meio ambiente e as relações internacionais dos EUA.
A Saída dos EUA da OMS: Contexto e Consequências
A relação entre os Estados Unidos e a OMS foi tensionada durante o mandato anterior de Trump, especialmente com as críticas à gestão da pandemia de Covid-19 pela organização. Segundo Trump, a OMS “não foi transparente” e teve um papel questionável na condução da crise sanitária.

Motivações Declaradas
Trump justificou a decisão alegando que a OMS é excessivamente influenciada pela China e que não atende aos interesses dos EUA. Em suas palavras: “Eles nos roubaram. Nosso dinheiro financia a organização, mas não temos retorno proporcional”. Os EUA eram os maiores financiadores da OMS, contribuindo com cerca de 15% de seu orçamento.
Impactos Globais
Na Saúde Global: A retirada pode afetar programas de combate às principais doenças globais, como malária, tuberculose e HIV/AIDS, que dependem significativamente dos recursos e da infraestrutura financiados pelos EUA.
Na Diplomacia: A decisão isola os EUA no cenário global, especialmente em um momento em que a cooperação internacional é essencial para combater emergências sanitárias.
Na OMS: A organização perderá um dos seus principais financiadores, o que pode levar à redução de operações importantes em regiões vulneráveis.
Saída do Acordo de Paris e Impactos no Meio Ambiente
Outro movimento significativo foi a retirada dos EUA do Acordo de Paris, uma iniciativa global para combater as mudanças climáticas. Trump argumentou que o acordo impõe “burdenos injustos” à economia norte-americana.
Riscos Ambientais
Aumentos nas Emissões: Sem as metas de redução de emissões estabelecidas pelo acordo, os EUA podem retornar à dependência de combustíveis fósseis.
Impacto Global: A decisão pode influenciar outros países a reduzirem seus compromissos climáticos, prejudicando o combate à crise climática.
Repercussão Internacional
Líderes globais criticaram amplamente a decisão, destacando a necessidade de uma resposta coordenada às mudanças climáticas. No entanto, alguns setores da economia norte-americana, especialmente ligados à indústria de combustíveis fósseis, apoiaram o movimento.
Outras Decisões Executivas
Além das medidas citadas, Trump também assinou decretos mirando a imigração irregular e o comércio internacional:
Imigração: Medidas mais severas para controle de fronteiras foram implementadas, o que inclui a construção de novas barreiras físicas e o aumento das restrições de asilo.
Comércio: Trump reiterou seu compromisso com uma política protecionista, criticando acordos comerciais multilaterais e promovendo uma agenda de “America First”.
Analogia: Um Jogo de Equilíbrio Global
As decisões de Trump podem ser comparadas a um jogo de xadrez, onde cada movimento altera o equilíbrio do tabuleiro global. Ao mesmo tempo que busca fortalecer sua posição doméstica, ele cria desafios para a cooperação internacional, essencial em questões como saúde e meio ambiente.
Perspectivas Finais
As medidas de Trump geram debates acalorados. Por um lado, seus apoiadores destacam a importância de proteger os interesses nacionais; por outro, críticos apontam que o isolacionismo pode prejudicar tanto os EUA quanto o mundo a longo prazo. O futuro dirá se essas estratégias serão sustentáveis em um cenário global cada vez mais interconectado.
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